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PB: pesquisa da Emepa impulsiona a produção de caprinos e ovinos no Semiárido

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PB: pesquisa da Emepa impulsiona a produção de caprinos e ovinos no Semiárido

postado em 31/03/2015
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Um sistema alternativo de produção de caprinos e ovinos para o Semiárido que está sendo desenvolvido pela Emepa, empresa integrante da Gestão Unificada Emater/Emepa/Interpa – vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, permite que os rebanhos tenham um ciclo de três parições em dois anos. As pesquisas são desenvolvidas em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), propostas pelo projeto Agrocapri, que devem impulsionar ainda mais a ovinocaprinocultura.

Segundo Wandrick Hauss de Sousa e Felipe Cartaxo, pesquisadores do projeto Agrocapri, essa conquista permitirá resolver, em parte, um grande problema da indústria frigorífica e do mercado consumidor, que é a regularidade de animais e maior oferta dos produtos comercializados. Uma das metas do Agrocapri é aperfeiçoar os sistemas, aumentando a eficiência produtiva e diminuindo os custos de produção. A ideia é, ao final do projeto, mostrar se este sistema é também viável do ponto de vista econômico ou apontar indicativos que possam auxiliar as políticas públicas para a produção de caprinos e ovinos no semiárido.

De acordo com os pesquisadores, os resultados parciais já mostram que esse modelo de produção é viável. “Observamos que mesmo convivendo com anos atípicos de chuva, há possibilidade de fazer com que o animal produza um parto extra comparado com o sistema tradicional. Para isso, é necessário que se tenha reserva alimentar, principalmente silagem, além de toda a estratégia alimentar que o animal requer durante o ciclo fisiológico da reprodução, que contempla a gestação e a lactação e a cria”, explicou Wandrick Hauss.

O sistema alternativo de produção proposto pelo Agrocapri está incorporando várias tecnologias e as aperfeiçoando dentro de uma forma sistêmica, entre elas: o efeito macho antes da reprodução, o flash alimentar e o sistema de suplementação alimentar no terço final da gestação. Destaca-se também a maneira de criar os animais no sistema de “creep feeding” durante o período de lactação, que faz com que eles tenham acesso rápido a alimentação sólida e, assim, possam ser desmamados precocemente, com cerca de 58 dias.

“Com a incorporação dessas tecnologias, o projeto também conseguiu outros resultados positivos. Atualmente tem-se uma boa média de prolificidade, ou seja, número de animais nascido por cada fêmea, por estação de nascimento. Em caprinos tem-se uma média de 1.8. Em ovinos chega a 1.5. Isso tem um impacto muito forte na eficiência dos sistemas”, disse o pesquisador Felipe Cartaxo.

Em cada estação de parição é feita uma avaliação. Porém, com o fechamento de três ciclos, é possível fazer uma análise mais aprofundada dos dados, principalmente avaliando o custo da alimentação dos animais. Hoje, este custo com alimentação está em torno de 48% a 52% do valor total da produção. A proposta é que não ultrapasse 40% do valor.

As informações são do Secom-PB, adaptadas pela Equipe Nossa Matilha.

Fonte: Farmpoint

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