ORIGEM – Os ovinos primitivos dos condados de Dorset e Somerset, no sudoeste da Inglaterra, eram pequenos, rústicos, com chifres pequenos, membros longos, com lã branca e escassa, mas produtores de carne muito apreciada. Inicialmente, foram cruzados com Leicester e Southdown e posteriormente com Merino, seguindo-se um processo seletivo. O Dorset original é aspado, sendo denominado Dorset Horn na Inglaterra e simplesmente Dorset nos Estados Unidos. O atual Poll Dorset originou-se de uma mutação que ocorreu num plantel Dorsert puro de pedigree da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Após sete anos de pesquisa foi possível obter uma linhagem mocha e, em 1956 foram registrados os primeiros Poll Dorset no Continental Dorset Club.

ASPECTO GERAL – Ovino produtor de carne, do tipo lã curta e branca, de tamanho médio, segundo o padrão atual, de corpo comprido e de excepcional conformação, que corresponde a uma carcaça de qualidade.

CABEÇA – Mocha, forte, denotando robustez. Perfil nasal retilíneo. A lã cobre a parte inferior da mandíbula, a nuca e parte superior da cabeça, formando um topete acima dos olhos e descendo em pequena quantidade pela parte lateral da cara, formando os canais lacrimais e deixando completamente livre os olhos. As orelhas, a parte frontal da cara e o nariz são cobertos de pêlos curtos, suaves e brancos. As mucosas nasais, pele entre as narinas, lábios e bordas das pálpebras devem ser rosados, livres de pigmentos pretos ou escuros. As orelhas são de tamanho mediano, implantadas horizontalmente, com o pavilhão voltado para a frente. Nuca e testa largas. Olhos brilhantes e bem separados entre si. São admissíveis estrias escuras nas pálpebras, bem como sardas pequenas na pele desprovida de lã e pelos, da cara e orelhas. A cara é larga e de comprimento mediano, com a extremidade do nariz e boca (morro) formando uma circunferência grande. Em qualquer parte da cabeça coberta de lã ou pêlos não é admissível pigmentos ou manchas pretas ou escuras.

PESCOÇO – De comprimento moderado, bem implantado no corpo, de modo a manter a cabeça levantada, bem acima da linha de lombo. Nos machos deve ser largo em com leve arco

PEITO – Profundo, largo e moderadamente prominente. Não deverá apresentar rugas na pele, babeiro na parte inferior.

CORPO – Típico do ovino produtor de carne moderno; comprido, profundo e musculoso. Dorso, lombo e anca formando um plano largo e comprido, desde a cruz até a inserção da cola. A anca é larga, comprida e musculosa, com pouquíssima inclinação entre as pontas das cadeiras (ílio) e as pontas das nádegas (ísquio). A cola é a de inserção alta e o sacro é nivelado com a linha dorso lombar. Paletas carnudas, bem afastadas, mantendo paralelismo entre si. As extremidades das paletas devem ser niveladas com a linha dorso-lombar e com a anca. Os quartos traseiros são musculosos, com entre pernas largo e profundo, com períneo comprido e perpendicular. As nádegas são musculosas e compridas, descendo até próximo aos garrões, proporcionando um traseiro pesado. O costilhar apresenta bom arqueamento e profundidade.

MEMBROS – Bem aprumados, com osso adequado ao desempenho da raça. As falanges (quartelas) devem ser curtas, fortes e bem posicionadas, os cascos bem formados e brancos. São admissíveis discretas raias pretas nos cascos. Casco totalmente preto é motivo de desclassificação. Os membros são cobertos de lã. Manchas escuras ou negras nos membros são consideradas defeitos graves.

PELE – Não deve ser muito solta. Deve ser suave, livre de grandes rugas, ser de cor rosada. Nas áreas desprovidas de pêlos e lã são admissíveis sardas de cor de café ou pigmentos negros, mas não são admissíveis manchas definidas negras ou escuras.

VELO – Muito branco, denso e livre de kemps e de fibras pretas ou escuras. Pesa de 2-3 Kg nas ovelhas, com rendimento ao lavado que varia de 50-70%. Mechas com 6-10 cm de comprimento. O diâmetro das fibras de lã varia de 27-32 micrômetros, o que corresponde na Classificação Brasileira às finuras CRUZA 1, CRUZA 2 e CRUZA 3, e 58´s a 46´s na Escala de Bradford. Manchas escuras ou pretas são consideradas defeitos graves.

APTIDÕES – Raça especializada para a produção de carne, apresentando também excelente produção de leite e habilidade materna, o que resulta em alta taxa de sobrevivência e velocidade de crescimento dos cordeiros, com carcaças pesadas e baixo teor de gordura. Os machos adultos pesam de 100-125 Kg e as ovelhas de 65-90 Kg. O rendimento de carcaça varia de 54-60%. Alta prolificidade, atingindo de 110-130% de parição. Apresenta alta fertilidade e precocidade na maturidade sexual. A duração estacional de cio é muito prolongada, entrando em cio muito cedo no ano e produzindo cordeiros em diferentes épocas do ano. Raça muito adequada ainda para cruzamentos industriais com a finalidade de produção de cordeiros para abate. Muito adequada para cruzamentos terminais.

DEFEITOS GRAVES
– Mancha escura no pelo ou na lã
– Excesso de pele, rugas grandes
– Canais lacrimais excessivamente grandes
– Orelhas grandes e pendentes
– Testículos anormais
– Pálpebras invertidas
– Falanges débeis, muito compridas, mal posicionadas
– Deformações bucais
– Defeitos de aprumos que possam prejudicar o desempenho funcional, reprodutivo ou a estética
– Pelos muito finos, sedosos
– Ausência de pelos nas áreas que deveriam ser cobertas
– Pouca musculatura, constituição débil
Os defeitos supra relacionados são considerados graves e podem ser motivo de desclassificação do animal que apresentá-los, conforme o grau de incidência dos mesmos ou da sua importância para o desempenho da função econômica.

DEFEITOS ELIMINATÓRIOS
– Cascos completamente pretos;
– Pele preta entre as narinas;
– Fossas nasais ou focinho de cor escura ou preta;
– Velo preto, escuro ou manchado com preto ou de qualquer cor que não a branca;
– Testículos anormais;
– Deformações bucais.