ORIGEM – Oriunda dos condados de Norfolk, Cambridge, Essex e Suffolk, no sudoeste da Inglaterra, foi formada a partir do cruzamento de carneiros Southodown com ovelhas selvagens de Norfolk. Estes ovinos nativos caracterizavam-se por terem e membros pretos, serem ambos os sexos aspados. Eram muito rústicos, ativos de velo leve e conformação defeituosa, de esqueleto forte e membros compridos, mas muito prolíficos e, desde a antiguidade, eram muito apreciados pelo sabor de sua carne. A influência da raça Southodown, usada desde 1800 até 1850, determinou o desaparecimento dos chifres, melhorou a conformação e precocidade, e foi fixado o tipo por cruzamento e seleção. Desde o ano de 1810 foi considerada como raça, denominando-se primeiramente como Southdown Norfolk. Em 1859 a Associação de Agricultura admitiu exemplares para concorrerem nas exposições agrícolas e, em 1886 foi fundada a Sociedade de Criadores de Ovinos Suffolk (Suffolk Sheep Society) cuja sede é em no condado de Suffolk.

ASPECTO GERAL – O Suffolk é um ovino de grande desenvolvimento corporal, de constituição robusta e de conformação típicamente carniceira. O seu corpo comprido e musculoso, as extremidades desprovidas de lã e revestidas de pêlos negros e brilhantes. A postura de sua cabeça e formato das orelhas, fazem do Suffolk um ovino inconfundível. Logo a primeira vista o Suffolk impõe a sua condição de raça carniceira.

CABEÇA – Mocha em ambos os sexos, grande, completamente livre de lã, totalmente coberta de pêlos negros, finos e brilhantes. A cara é comprida e sem rugas, perfil convexo, focinho mediano e boca larga com lábios fortes. As orelhas são longas, inserção firme, um pouco projetadas para baixo, de textura fina, com a ponta virada para fora. Juntamente com a parte superior da cabeça as orelhas completam o formato de sino, quando vistas de frente. Os olhos são escuros e proeminentes. Mucosas nasais, lábios e pálpebras são totalmente pretas. Pêlos brancos ou lã em qualquer parte da cabeça é considerado defeito.

PESCOÇO – Pescoço moderadamente comprido, forte, redondo e carnudo, bem implantado no tronco, levando a cabeça um pouco erguida. Não apresenta rugas na pele. PALETAS – Largas, carnudas e bem afastadas, dando origem a cruzes também largas e carnudas. As cruzes formam com o dorso, lombo e anca um retângulo largo e comprido. Paletas descarnadas, muito curtas e cruzes estreitas e salientes são consideradas graves defeitos. Não há depressões atrás das paletas.

PEITO – Peito profundo, largo e proeminente.

TRONCO – Típico de um ovino de carne, largo, profundo e muito musculoso. Costelas com bom arqueamento e boa cobertura de carne. O tórax é amplo. Anca larga e comprida, muito bem coberta de músculo. Cauda larga e implantada em continuação da linha superior. Flancos lisos e cheios.

MEMBROS – Sendo o Suffolk uma raça de carne, e que atinge grandes pesos, os seus membros devem merecer uma especial atenção. Devem ter um comprimento proporcional ao corpo, de tal maneira que mantenha a harmonia do conjunto e ao mesmo tempo evidenciem vigor e desenvoltura. Articulações bem definidas. Ossos fortes, mas não demasiadamente grossos, e com secção transversal ovalada. Bem aprumados e afastados entre si. Os garrões devem ter um ângulo bem definido, e bem afastados, dando lugar a um entrepernas largo e profundo. Os quartos devem ser carnudos, com musculatura arredondada e nádegas volumosas. O entrepernas deve completar-se por um períneo perpendicular e comprido.

PELE – Fina, de coloração rosada, completamente sem rugas.

VELO – De pouca extensão, pois não cobre a cabeça e os membros abaixo dos joelhos e garrões. A barriga tem que ser bem coberta de lã. Possui boa densidade, mas não tem boa formação de mechas, que são curtas. Velo de pouco peso, e pouca qualidade, com poucas ondulações e áspero. Deve ser livre de fibras pretas, a não ser na zona de transição entre os pelos e a lã, ou seja, no pescoço e patas. As fibras de lã de diâmetro médio de 25 a 29 micrômetros, o que na Norma Brasileira de Classificação de Lã Suja corresponde as finuras PRIMA B, CRUZA 1 e CRUZA 2, e na escala de Bradford corresponde 54´s a 58´s.

APTIDÕES – Grande capacidade de adaptações a diferentes climas. Rústica, mas necessita de boa alimentação. Muito precoce. Muito prolífera, com índices de nascimento de até 165%. Parto fácil, principalmente por causa do formato longo e estreito da cabeça dos cordeiros ao nascerem. Cordeiros com grandes ganhos de peso ao dia, até 450 gramas. Ótimo rendimento de carcaça, 50 a 60%. Carcaça de ótima conformação e com pouca gordura externa. Os carneiros tem um libido muito forte. As ovelhas tem muita aptidão materna. Os cordeiros nascem inteiramente pretos, e vão branqueando até os 4 à 5 meses de idade. Os machos adultos atingem e ultrapassam facilmente os 150 Kg. A lã tem muita resistência, o que a torna apta para a fabricação de carpetes. estofados e forrações.

DEFEITOS – Animais de pequeno porte
– Constituição débil
– Musculatura deficiente, animais muito leves
– Desvio acentuado da coluna vertebral
– Ancas demasiadamente inclinadas
serção de cola muito baixa
– Garrões muito juntos
– Quartelas muito longas ou muito inclinadas
– Orelhas muito pequenas, muito erguidas ou de pouca textura
– Fortes depressões atrás das paletas ou das cruzes
– Pelos brancos ou lã nas regiões de pelo
– Excesso de fibras pretas no velo, fora das regiões permitidas
– Presença de rudimentos de chifres muito grandes ou fixos
– Malformações bucais.